Abri os olhos e vi tudo azul. Um azul límpido e claro. O céu. Será que morri? Então os vampiros - ou semi-vampiros, que seja - vão para o paraíso? De repente, o azul iluminado foi invadido por pequenos risquinhos pretos, em fila, formando uma seta. Eram pássaros, seguindo o líder em direção ao Norte. Em direção à minha casa. À minha família.
"Meu Deus! Minha família! Preciso ligar para os meus pais e avisá-los sobre os Volturi e Nahuel.", lembrei-me, num sobressalto, saindo daquela posição inerte e sentando-me rapidamente. Olhei em volta e eu estava na praia. Sentada na areia de La Push. Mas tudo estava tão diferente, tão vazio. Nenhuma viva alma. Nenhum ruído, a não ser o das ondas batendo num ritmo constante e o das gaivotas que mergulhavam em lindos rasantes certeiros sobre os peixes. Suas presas.
Mas onde está todo mundo? Me pus de pé, olhando tudo ao redor, na esperança de avistar alguém. De repente, meus foram atraídos ao topo do penhasco. Onde eu devia estar, pelas minhas últimas lembranças. E, então, mesmo distante, reconheci de imediato o vulto das oito pessoas ali paradas. Olhos humanos só enxergariam silhuetas borradas, mas eu identifiquei cada um: papai, mamãe, Carlisle, Esme, Alice, Jasper, Rosalie e Emmet. Instintivamente, meus lábios se abriram em um largo sorriso. "Eles estão aqui", pensei, num misto de felicidade e alívio. Mas logo a lógica se fez presente. E as inevitáveis perguntas também.
Mas o que fazem aqui? E por que não vêm até mim? Certamente estão me vendo também. Também estranhei estarem pisando em território quileute . Acenei, com as duas mãos para o alto, sabendo que tal gesto era desnecessário para suas visões vampíricas. Mas eles permaneciam inertes. Não esboçaram qualquer reação
E Jacob? Onde está? Olhei em volta novamente e, do lado oposto ao penhasco, lá no fim da praia, onde terminava a areia e iniciava uma densa mata, vi um grupo de lobos parados. Como não os ouvi chegando? E porque Jake não está entre eles. Imediatamente me veio à cabeça as palavras de Sam: "Você será banido! Não será mais considerado um quileute."
Voltei a olhar para o grupo, mas eles já estavam adentrando a mata. Levei a mão ao peito. Me lembrei do tiro, da alicina, de Flávio e do sangue de Jacob escorrendo garganta abaixo. Ainda podia sentir o gosto e a textura. Balancei a cabeça em negação. Não podia admitir, nem para mim mesma, que havia sido prazeroso sentir aquele sabor. Puxei minha blusa, procurando o buraco que há poucas horas me queimava por dentro como brasa ardente, mas ele não estava lá. "Meu Deus! Jacob conseguiu. Eu estou viva! Mas onde ele está?
Voltei o olhar para o penhasco. Minha família também estava indo embora. Apenas papai e mamãe, abraçados, permaneciam mais um pouco, mas logo se foram com os outros. "Esperem! Aonde vão?"
Fiz menção de ir atrás deles, mas minha reação foi contida por um barulho que vinha da casa de Billy Black, pai de Jake. Era um choro baixo, contido, doído. Em fração de segundos estava lá. Mas antes que eu pudesse pegar na maçaneta, a porta se abriu, revelando uma cena pavorosa.
No meio da sala havia um caixão sobre uma mesa de madeira, ladeado por velas. Billy, ao lado, em sua cadeira de rodas, chorava baixinho, até me perceber ali. Ele levantou a cabeça devagar e o seu olhar me penetrou mais forte e dolorido do que o tiro disparado por Flávio. Era um olhar de acusação, que dispensava qualquer palavra. Mesmo constrangida e envergonhada, sem nem saber porque, o ignorei e voltei a olhar para o caixão. Apesar de não dar para ver direito quem estava ali, coberto por flores e pétalas até o rosto, algo me dizia que estava mais do que óbvio de quem se tratava. Um grito dolorido e dilacerante saiu de dentro de mim. Rasgando a minha alma, me consumindo de angústia, tristeza e desespero. Aquela era a pior dor do mundo!
"Jake, nãããããõ!"
Tentei correr, mas minhas pernas não me obedeciam. Tudo foi ficando escuro. Minhas forças foram sumindo e o mundo pareceu girar, girar...
_ Nessie? Nessie? Acorde, Nessie!
A voz longe, muito longe, era de... Não é possível! Jake!? Não podia ser. Ele... ele está...
_ Jake? Não, não, nããããão!
_ Acorde, Nessie, acorde!
Uma sacudida nos ombros me fez abrir os olhos.
_ Hã?
Aquela era a visão mais maravilhosa, confortante e aliviadora do mundo.
_ Jake?
Me agarrei em seu pescoço, desejando ficar ali para sempre, e o beijei com todo o meu amor, feliz. Ele estava vivo! Eu podia tocá-lo. Todas aquelas cenas horrorosas não passaram de um maldito pesadelo. Mas quem poderia me garantir que isto não era outra ilusão da minha cabeça?
_ Você está vivo? Eu estou viva?
Jake me pegou em seus braços, me pôs em seu colo e me deu um ardente e apaixonado beijo.
_ Isso te parece real? É claro que estamos vivos. E muito vivos!
Sem querer abrir os olhos, apenas com eles semi-abertos e sentindo a respiração de Jake, me convenci de que aquilo, enfim, era real. Ainda assim, resolvi me aproveitar um pouco mais daquele momento tão bom e respondi, meia zonza.
_ Ainda não sei se é real. Pra mim parece um sonho. Mas se você continuar tentando, talvez me convença.
Jake sorriu e, atendendo à minha tentadora sugestão, engatou um outro beijo ainda mais caprichado.
"Meu Deus! Minha família! Preciso ligar para os meus pais e avisá-los sobre os Volturi e Nahuel.", lembrei-me, num sobressalto, saindo daquela posição inerte e sentando-me rapidamente. Olhei em volta e eu estava na praia. Sentada na areia de La Push. Mas tudo estava tão diferente, tão vazio. Nenhuma viva alma. Nenhum ruído, a não ser o das ondas batendo num ritmo constante e o das gaivotas que mergulhavam em lindos rasantes certeiros sobre os peixes. Suas presas.
Mas onde está todo mundo? Me pus de pé, olhando tudo ao redor, na esperança de avistar alguém. De repente, meus foram atraídos ao topo do penhasco. Onde eu devia estar, pelas minhas últimas lembranças. E, então, mesmo distante, reconheci de imediato o vulto das oito pessoas ali paradas. Olhos humanos só enxergariam silhuetas borradas, mas eu identifiquei cada um: papai, mamãe, Carlisle, Esme, Alice, Jasper, Rosalie e Emmet. Instintivamente, meus lábios se abriram em um largo sorriso. "Eles estão aqui", pensei, num misto de felicidade e alívio. Mas logo a lógica se fez presente. E as inevitáveis perguntas também.
Mas o que fazem aqui? E por que não vêm até mim? Certamente estão me vendo também. Também estranhei estarem pisando em território quileute . Acenei, com as duas mãos para o alto, sabendo que tal gesto era desnecessário para suas visões vampíricas. Mas eles permaneciam inertes. Não esboçaram qualquer reação
E Jacob? Onde está? Olhei em volta novamente e, do lado oposto ao penhasco, lá no fim da praia, onde terminava a areia e iniciava uma densa mata, vi um grupo de lobos parados. Como não os ouvi chegando? E porque Jake não está entre eles. Imediatamente me veio à cabeça as palavras de Sam: "Você será banido! Não será mais considerado um quileute."
Voltei a olhar para o grupo, mas eles já estavam adentrando a mata. Levei a mão ao peito. Me lembrei do tiro, da alicina, de Flávio e do sangue de Jacob escorrendo garganta abaixo. Ainda podia sentir o gosto e a textura. Balancei a cabeça em negação. Não podia admitir, nem para mim mesma, que havia sido prazeroso sentir aquele sabor. Puxei minha blusa, procurando o buraco que há poucas horas me queimava por dentro como brasa ardente, mas ele não estava lá. "Meu Deus! Jacob conseguiu. Eu estou viva! Mas onde ele está?
Voltei o olhar para o penhasco. Minha família também estava indo embora. Apenas papai e mamãe, abraçados, permaneciam mais um pouco, mas logo se foram com os outros. "Esperem! Aonde vão?"
Fiz menção de ir atrás deles, mas minha reação foi contida por um barulho que vinha da casa de Billy Black, pai de Jake. Era um choro baixo, contido, doído. Em fração de segundos estava lá. Mas antes que eu pudesse pegar na maçaneta, a porta se abriu, revelando uma cena pavorosa.
No meio da sala havia um caixão sobre uma mesa de madeira, ladeado por velas. Billy, ao lado, em sua cadeira de rodas, chorava baixinho, até me perceber ali. Ele levantou a cabeça devagar e o seu olhar me penetrou mais forte e dolorido do que o tiro disparado por Flávio. Era um olhar de acusação, que dispensava qualquer palavra. Mesmo constrangida e envergonhada, sem nem saber porque, o ignorei e voltei a olhar para o caixão. Apesar de não dar para ver direito quem estava ali, coberto por flores e pétalas até o rosto, algo me dizia que estava mais do que óbvio de quem se tratava. Um grito dolorido e dilacerante saiu de dentro de mim. Rasgando a minha alma, me consumindo de angústia, tristeza e desespero. Aquela era a pior dor do mundo!
"Jake, nãããããõ!"
Tentei correr, mas minhas pernas não me obedeciam. Tudo foi ficando escuro. Minhas forças foram sumindo e o mundo pareceu girar, girar...
_ Nessie? Nessie? Acorde, Nessie!
A voz longe, muito longe, era de... Não é possível! Jake!? Não podia ser. Ele... ele está...
_ Jake? Não, não, nããããão!
_ Acorde, Nessie, acorde!
Uma sacudida nos ombros me fez abrir os olhos.
_ Hã?
Aquela era a visão mais maravilhosa, confortante e aliviadora do mundo.
_ Jake?
Me agarrei em seu pescoço, desejando ficar ali para sempre, e o beijei com todo o meu amor, feliz. Ele estava vivo! Eu podia tocá-lo. Todas aquelas cenas horrorosas não passaram de um maldito pesadelo. Mas quem poderia me garantir que isto não era outra ilusão da minha cabeça?
_ Você está vivo? Eu estou viva?
Jake me pegou em seus braços, me pôs em seu colo e me deu um ardente e apaixonado beijo.
_ Isso te parece real? É claro que estamos vivos. E muito vivos!
Sem querer abrir os olhos, apenas com eles semi-abertos e sentindo a respiração de Jake, me convenci de que aquilo, enfim, era real. Ainda assim, resolvi me aproveitar um pouco mais daquele momento tão bom e respondi, meia zonza.
_ Ainda não sei se é real. Pra mim parece um sonho. Mas se você continuar tentando, talvez me convença.
Jake sorriu e, atendendo à minha tentadora sugestão, engatou um outro beijo ainda mais caprichado.
8 comentários:
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ok, tem gente aqui tentando me matar, só pode! eu quase estava chorando quando percebi que quem poderia estar morto era o Jacob... =P meu deus cm vc escreve bem... é intenso, é viciante é tão perfeito! *-*
Ah, até eu estava quase acreditando, de tanto que me envolvo na história. Hahahahaah!
Bom,
mais uma vez você arrasoou...
Amiga...mandou muitoo bem...
caracaaa como será que tudo isso termina..?!?!.
Sabe oq é mais pior ? que ficamos na dependencia da sua boa vontade de postar a continuação...
Hahahahahaha
Hahahahah! Não é isso Tamiiii. Se eu já tivesse toda a história prontinha, já estaria toda aí. Mas, além de eu ter que sentar com tempo para vir a inspiração - e isso não tem sido muito comum em minha vida - sàs sextas consigo. Vc sabeee. Hahahahah!
Meu Deus Monica que pesadelo é esse menina rs ...
Adorei esse capitulo ... estou esperando o proximo ... e ficando triste pq está chegando ao fim ... =D
Môniica eu já estava entrando em desesperooo!!!!!!
é seriooo!
rsrs
Caraca...as imagens estavam vindo na minha mente...e eu meio q orando pra q fosse um pesadelo,delírio ou coisa do tipo!
rsrs
Tá D+!!
Realmente eu não curtia essa coisa de fic e talz...Daí resolvii ler esse e simplesmente me apaixooneii!...
Poxaa arrebatouu geral!
PARABÉNSSSS!!!!
E dessa vez eu nem vou pedir pra vc postar o resto logo :| ...
...
Haaa vaii!
Posta loogoo!!!!! =D
hsaushauhs
Beiiiijooo♥
Gente a Renesmee é que nem a Bella, pensa que tudo é um sonho só pq tá bom D+ kkk
Aline *
Você tá vivo? Eu tô viva?
Jack me pegou em seus braços, me pôs em seu colo e me deu um ardente e apaixonado beijo.
_ Isso te parece real? É claro que estamos vivos.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk muito bom amei o capitulo super interessante essa coisa do sonho eu ameiiii obrigada por postar
beijos
Marye