Na última década, Howard Shore é um dos poucos compositores de música para o cinema de Hollywood que tem o nome reconhecido. Embora ele esteja no negócio desde 1970 e acumulando mais de 80 filmes e programas de TV, o nome de Shore subiu ao estrelato internacional em 2001, quando gravou a paisagem musical para Peter Jackson em O Senhor dos Anéis. Shore ganhou três prêmios Oscar, três Globos de Ouro e quatro Grammys apenas para esses três filmes.

Desde então, ele tem se envolvido no mundo do drama, marcados por montanhas-russas emocionais e suspenses, tais como: Os Infiltrados, Gangues de Nova York, Eastern Promises, Uma História de Violência e EDGE OF DARKNESS, entre muitos outros.
Recentemente, ele envolveu seu nome para uma outra viciante e famosa franquia, a A Saga Crepúsculo, fornecendo a parte enstrumental para o que será sem dúvida o sucesso do verão, ECLIPSE. Shore teve sua racionalidade questionado pelos céticos por assumir um projeto como este, mas assim que ouvirem a trilha, qualquer dúvida vai se perder no ‘crepúsculo’.

A trilha de Eclipse, no seu núcleo, é um tumulto de emoções extremas, onde a qualquer momento será sincera, sedutora e assustadora. Shore faz um uso extensivo dos solos de piano para os temas dos personagens, mostrando uma vulnerabilidade crua que não pode ser capturada por nenhum outro instrumento. E sua inclinação por usar violinos e cellos são o chão em que os personagens de Stephenie Meyer caminham. ECLIPSE pode atacar você como uma onça voraz, encobrir seus pensamentos como uma densa neblina, ou atormentar os seus sentidos com caleidoscópica de cores e tons.

Howard Shore é um mestre em criar reinos onde pesadelos e fantasia se unem e onde a bela e a fera geralmente habitam o mesmo corpo. Apesar de seu tempo ser extremamente escasso, a Examiner conseguiu bater um papo com o homem que lança uma sombra de crepúsculo sobre Eclipse!

Como você começou a trabalhar no projeto de Eclipse?
Eles apenas me pediram para trabalhar nisto, e foi exatamente assim. Foi simples assim.

Com Lua Nova, Alexandre Desplat admitiu que ignorou a trilha de Carter Burwell para Crepúsculo e sequer assistiu o primeiro filme. Você seguiu essa mesma mentalidade para Eclipse?
Não, na verdade eu fiz uma pesquisa bastante meticulosa. Eu gosto muito de ler e eu conhecia a história. Eu estava realmente interessado nela do ponto de vista dramático. E eu senti que a história se expande com o terceiro filme. Eu pesquisei e caí em um processo criativo bastante interessante. Foi um prazer trabalhar nisso. E eu achei a trilha dos dois rapazes muito boas. Carter fez uma trilha muito boa e a de Alexandre é simplesmente linda.

Como foi a experiência de colocar as músicas ao longo de ECLIPSE?
Eu trabalhei com Emily Haines e James Shaw, do grupo Metric, e Metric era um grupo que eu havia pesquisado e senti que eles seriam bons colaboradores para este projeto. Perguntei-lhes se estariam interessados em escrever comigo, e nós os três criaram a música "Eclipse (all yours)." Eu realmente gosto de trabalhar com diferentes artistas colaborando.

E isso é algo que você vê cada vez menos em Hollywood. No passado, no apogeu de James Bond, quase sempre você via o compositor co-escrever a canção tema do filme.
Sim, sim! Eu gosto muito disso.

Ouvindo a trilha instrumental de Eclipse, eu notei que você fez de Jacob o personagem musical primário, enquanto Bella é usada como uma suplente, um personagem de respaldo.
Ele é uma parte importante da história, e seu personagem é um elemento importante no auge da história. Agora, na terceira parte, era o tempo certo de trabalhar com os sentimentos de Jacob e o auge dramático da história de Jacob. O personagem de Jacob não estava realmente desenvolvido até o terceiro filme. Simplesmente pareceu o certo a fazer

Como não havia estabelecido anteriormente temas para Jacob, Victoria, Rosalie, Jasper, e Jane, você sentiu algum peso para apresentá-los de forma adequada?
Definitivamente. Eu escrevo o que sinto, onde a ênfase está. E o destaque para esta parte da história poderia ter sido diferente do que veio antes. Por isso, pareceu certo me focar e enfatizar determinados temas na história.

Você se sente ficando emocionalmente envolvido ao compor para estes filmes extremamente dramáticos?
Sim, eu fico emonionalmente envolvido. Eu quero escrever e sentir o drama. A Música é uma linguagem essencialmente emocional, então você quer sentir algo das relações e criar a música baseada naqueles sentimentos.

E é por isso que eu acho que Eclipse caiu como uma luva para você, como um projeto perfeito.
Sim, é. Escrever músicas para filmes é a prima essência disso, compor para o impacto emocional da história

Parece muito importante para você tornar sua música acessível ao público e isso é algo que não vemos muitos compositores lutando por isso. Qual é a lógica de se lançar coisas como as trilhas completas de O Senhor dos Anéis e Howard Shore: Edição de Colecionador, ou coisas assim?
É importante para mim. eu gosto de fazer boas versões na mídia impressa e gravações completas, e lançamentos completos de CDs das trilhas instrumentais. Também lançamentos de arquivos de trilhas, CDs de raridades. Há atualmente um CD de raridades que estamos lançando com o livro de Doug Adams, “A Música de O Senhor dos Anéis.” Eu gosto de trabalhar em todos os aspectos da música. Eu gosto dos detalhes, sim.

No ano que vem é o 20 º aniversário de O Silêncio dos Inocentes. Você está pensando em fazer algo especial para isso?
Sim, na verdade estou. Eu acho que há um especial do A&E sendo filmado, no qual eu vou participar.

Há algo enterrado em seu psiquismo que o leva a estes mundos de realismo fantástico; lugares que você gostaria de visitar, mas lugares que jamais gostaria de viver?
[Risos] Eu não sei… talvez.

Fonte: Examiner.com
Tradução e adaptação: @Nathy_bells

2 comentários:

  1. Monica Marinho disse...

    Nossa, pensei que na foto fosse o Chico Anysio! hahahahah! Muito legal essa entrevsta que vc pescou Nathy! Valeu, fanpire!  

  2. May disse...

    kkkkkkkkkkkkkkkkkk pensei a mesma coisa Mo sacanagem viu!!!!
    kkkkkkkkkkkk

    Valeu pela entrevista Nathy

    beijos

    Marye  


 

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