Stephenie Meyer fala mais sobre o novo livro: " A BREVE SEGUNDA VIDA DE BREE TANNER"
Postado por Nathy_bells às 6/04/2010 11:16:00 AMBree aparece apenas em algumas páginas de Eclipse. Que aspecto do personagem fez com que você quisesse explorar mais sua história?
No começo, não fiquei fascinada especificamente por Bree, mas pelos recém-criados em geral. Enquanto estava escrevendo Eclipse, havia muita coisa acontecendo nos bastidores, é claro, coisas sobre as quais Bella não sabia. Como eu estava concentrada em Bella, não pude me aprofundar muito na história dos recém-criados, no entanto, sempre houve em minha mente uma ideia geral do que eles estavam tramando. Tive que pensar nisso enquanto estava coordenando o enredo: Bella está em tal ponto, e os recém-criados estão fazendo tal coisa. Para organizar tudo em sequência, acabei fazendo um calendário dos meses de maio e junho - que é todo o período de que Eclipse trata - e escrevi em cada dia o que estava acontecendo com Bella e o que estava acontecendo em Seattle. Portanto, a trama dos recém-criados sempre foi uma parte importante da história de Eclipse. E fiquei um pouco triste por não haver maneira de mostrar isso no livro.
Bree é a única recém-criada mencionada pelo nome em Eclipse, a única que tem contato com os Cullen (à parte ser morto por eles) e a única que encontra os Volturi na clareira. Ela é a que sobrevive por mais tempo, então é a narradora que pode contar toda a história. Foi uma escolha natural para revelar a história dos recém-criados. Quando comecei a escrever de sua perspectiva, ela ganhou vida. Tanto que, quando o fim inevitável se aproximou, foi realmente triste ir adiante. Foi mais difícil matar Bree do que qualquer outro personagem que já matei, mesmo que a estivesse matando pela segunda vez. (Antes de Bree, a morte mais triste foi a de Walter em A hospedeira.)
Em que momento você se deu conta de que o conto que estava escrevendo para A Saga Crespúsculo: O guia oficial (ainda não lançado) ia se tornar outro livro?
Não me dei conta de que meu "conto" era uma novela até entregá-lo à minha editora. Tudo o que sabia era que tinha 80 mil palavras a menos que a maioria dos meus romances. Fiquei surpresa quando soube que tinha quase 200 páginas e não caberia no Guia. Contudo, sempre quis que as pessoas pudessem ler a história de Bree antes da estreia do filme sobre Eclipse. Então, quando me propuseram publicá-la como uma novela independente, pareceu uma boa oportunidade.
Por que você considera importante que as pessoas leiam a história de Bree antes da estreia da versão cinematográfica de Eclipse?
Eclipse é contado do ponto de vista de Bella. Isso implica algumas limitações; quando há tantas coisas acontecendo nos bastidores (por assim dizer), restam muitos mistérios. Nos filmes, há a vantagem de ver a história de fora da mente de Bella. O espectador pode ver coisas - como os lobos caçando Victoria em Lua nova - das quais os leitores têm apenas alusões. De todos os livros da saga, Eclipse é o que tem mais coisas acontecendo fora do ponto de vista de Bella. Para o filme funcionar, é preciso ver e entender algumas dessas coisas.
Como sabia que elementos da história de Bree iam ser incorporados ao filme, eu esperava que pudesse ser publicada antes. Pessoalmente, sempre prefiro ler o livro antes de ver o filme. Gosto de criar minhas próprias imagens mentais antes que as de outra pessoa se imponham. Provavelmente, a maioria dos meus leitores não tem esse problema, mas, àqueles que têm, eu queria dar a oportunidade de criar suas próprias imagens mentais de Bree e da gangue de recém-criados.
Como a novela influenciou o filme Eclipse?
Por volta da época em que comecei a escrever a história para o Guia, Melissa Rosenberg, a roteirista dos filmes da saga Crepúsculo, começou a trabalhar em Eclipse. Ela me procurou com muitas dúvidas sobre o que estava acontecendo em Seattle. Uma vez que o filme não estava atrelado à perspectiva de Bella, como o livro, ela era livre para explorar os recém-criados, mas não queria se afastar do enredo em minha cabeça. Contei a ela que estava escrevendo sobre Bree, e ela ficou muito animada ao ler o material. Seu entusiasmo foi contagioso, e comecei a realmente me concentrar naquela história. Quando começou a pré-produção de Eclipse, a história de Bree estava terminada. Mandei-a para David Slade, o diretor, e ele me perguntou se os autores envolvidos na parte do filme em que os recém-criados aparecem também podiam lê-la. É claro que eu disse que sim.
Portanto, a novela não foi responsável pelo fato de haver cenas dos recém-criados no filme Eclipse, mas foi responsável por fazer com que essas cenas correspondessem até certo ponto à história em minha mente. Espero que também tenha dado a Xavier [Samuel - Riley], Bryce [Dallas Howard - Victoria] e Jodelle [Ferland - Bree] uma compreensão mais clara da natureza de seus personagens.
Sabemos que Bree morre antes de começarmos a ler a história. Como foi explorar o universo de Crepúsculo de um ângulo mais sombrio?
Primeiro achei que ia ser divertido. Estava mais concentrada no enredo que no personagem - o que é muito raro para mim - e estava ansiosa por passar mais tempo com vampiros realmente vampirescos. Eu tinha imaginado muitas cenas de destruição que queria colocar no papel. Mas quando comecei a ver as cenas pelos olhos de Bree, a personagem começou a se tornar mais importante do que a divertida destruição. Quanto mais eu me apaixonava por Bree e seus amigos, mais penoso se tornava ir adiante. Acabou sendo sombrio de uma forma completamente diferente do que eu esperava.
Como foi escrever do ponto de vista de outro personagem da saga? Isso a fez enxergar de outra forma algum aspecto de Eclipse ou dos outros romances?
Essa foi a terceira vez que escrevi do ponto de vista de um personagem de Crepúsculo além de Bella - também escrevi dos pontos de vista de Edward e de Jacob. Nas três vezes me pareceu bastante natural; quando escrevo da perspectiva de Bella, sempre sei o que os outros personagens envolvidos estão pensando, apenas não posso compartilhar. Então acho divertido colocar essas vozes para fora. Uma das coisas que me dá mais prazer ao escrever de outra perspectiva é ver personagens que já conheço com novos olhos. As pontas realmente se uniram quando cheguei à cena da clareira com Bree. Adorei poder descrever Bella e os Cullen como ela os percebia.
Em Amanhecer, Bella sente na pele o que é ser um recém-criado, e agora os leitores poderão ver o mesmo em Bree. Você estava pensando na experiência de Bella ao escrever a de Bree, e vice-versa?
Completamente - estava sempre comparando as duas em minha cabeça enquanto escrevia, porque elas têm experiências muito diferentes como recém-criadas. Bella começa sua vida como vampira depois de muita preparação, expectativa e firme determinação. Bree não faz ideia do que está acontecendo a ela; ela fica às cegas. Mas ambas se saem excepcionalmente bem considerando as circunstâncias. Imagino que o comportamento de Bella fosse muito semelhante ao de Bree se ela tivesse sido transformada de maneira parecida.
Ao longo da saga, somos apresentados a uma rica hierarquia de vampiros. Bree é a única personagem fora do núcleo de Crepúsculo para a qual você criou uma história tão vigorosa? Há outro personagem que gostaria de explorar de maneira igualmente intrincada?
Se tivesse todo o tempo do mundo e nenhuma distração, poderia escrever contos para todos os meus personagens; alguns se tornariam novelas; outros, romances, e outros, séries. Algumas das histórias são bastante vigorosas - os primeiros dias de Aro, por exemplo, Marcus e Dídime , Jane e Alec, Charlotte e Peter, Alistair, os Denali -, e em outras não pensei muito. Mas maioria dessas narrativas não me parece tão necessária quanto a de Bree, porque a dela afeta diretamente a trama central. Não sei se vou escrever uma história como essa novamente. Mas foi muito divertido.
Foi mais fácil ou mais difícil escrever sobre o universo Crepúsculo depois de vê-lo ganhar vida em um filme?
Todo o núcleo da saga Crepúsculo foi escrito antes de o primeiro filme estrear, então não posso dizer com certeza. Os filmes são um complemento interessante e divertido para os livros, mas nunca afetaram a representação da história em minha mente.
Por que escolheu a Cruz Vermelha americana como instituição de caridade beneficiária das doações provenientes das vendas de A breve segunda vida de Bree Tanner? (Nos Estados Unidos, parte das vendas da primeira edição do livro será destinada à Cruz Vermelha.)
Fiquei muito comovida com a efusão de apoio depois do desastre no Haiti. Muitas comunidades de fãs de Crepúsculo uniram esforços para arrecadar fundos, e fiquei muito impressionada com essas iniciativas. Queria dar continuidade a esse movimento. Acho importante que não esqueçamos rapidamente o Haiti e o Chile, agora que não estão mais no foco da mídia. É preciso muito tempo para se recuperar de uma devastação como aquela, e eles ainda precisam da nossa ajuda.
Em que ordem você recomenda que se leia a série Crepúsculo depois da publicação de A breve segunda vida de Bree Tanner? Deve-se ler a novela logo após Eclipse ou terminar Amanhecer antes de abrir as páginas de A breve segunda vida de Bree Tanner?
Se eu fosse ler a saga pela primeira vez, provavelmente leria a história de Bella até o final antes de me aventurar em outras perspectivas.
Bree é a única recém-criada mencionada pelo nome em Eclipse, a única que tem contato com os Cullen (à parte ser morto por eles) e a única que encontra os Volturi na clareira. Ela é a que sobrevive por mais tempo, então é a narradora que pode contar toda a história. Foi uma escolha natural para revelar a história dos recém-criados. Quando comecei a escrever de sua perspectiva, ela ganhou vida. Tanto que, quando o fim inevitável se aproximou, foi realmente triste ir adiante. Foi mais difícil matar Bree do que qualquer outro personagem que já matei, mesmo que a estivesse matando pela segunda vez. (Antes de Bree, a morte mais triste foi a de Walter em A hospedeira.)
Em que momento você se deu conta de que o conto que estava escrevendo para A Saga Crespúsculo: O guia oficial (ainda não lançado) ia se tornar outro livro?
Não me dei conta de que meu "conto" era uma novela até entregá-lo à minha editora. Tudo o que sabia era que tinha 80 mil palavras a menos que a maioria dos meus romances. Fiquei surpresa quando soube que tinha quase 200 páginas e não caberia no Guia. Contudo, sempre quis que as pessoas pudessem ler a história de Bree antes da estreia do filme sobre Eclipse. Então, quando me propuseram publicá-la como uma novela independente, pareceu uma boa oportunidade.
Por que você considera importante que as pessoas leiam a história de Bree antes da estreia da versão cinematográfica de Eclipse?
Eclipse é contado do ponto de vista de Bella. Isso implica algumas limitações; quando há tantas coisas acontecendo nos bastidores (por assim dizer), restam muitos mistérios. Nos filmes, há a vantagem de ver a história de fora da mente de Bella. O espectador pode ver coisas - como os lobos caçando Victoria em Lua nova - das quais os leitores têm apenas alusões. De todos os livros da saga, Eclipse é o que tem mais coisas acontecendo fora do ponto de vista de Bella. Para o filme funcionar, é preciso ver e entender algumas dessas coisas.
Como sabia que elementos da história de Bree iam ser incorporados ao filme, eu esperava que pudesse ser publicada antes. Pessoalmente, sempre prefiro ler o livro antes de ver o filme. Gosto de criar minhas próprias imagens mentais antes que as de outra pessoa se imponham. Provavelmente, a maioria dos meus leitores não tem esse problema, mas, àqueles que têm, eu queria dar a oportunidade de criar suas próprias imagens mentais de Bree e da gangue de recém-criados.
Como a novela influenciou o filme Eclipse?
Por volta da época em que comecei a escrever a história para o Guia, Melissa Rosenberg, a roteirista dos filmes da saga Crepúsculo, começou a trabalhar em Eclipse. Ela me procurou com muitas dúvidas sobre o que estava acontecendo em Seattle. Uma vez que o filme não estava atrelado à perspectiva de Bella, como o livro, ela era livre para explorar os recém-criados, mas não queria se afastar do enredo em minha cabeça. Contei a ela que estava escrevendo sobre Bree, e ela ficou muito animada ao ler o material. Seu entusiasmo foi contagioso, e comecei a realmente me concentrar naquela história. Quando começou a pré-produção de Eclipse, a história de Bree estava terminada. Mandei-a para David Slade, o diretor, e ele me perguntou se os autores envolvidos na parte do filme em que os recém-criados aparecem também podiam lê-la. É claro que eu disse que sim.
Portanto, a novela não foi responsável pelo fato de haver cenas dos recém-criados no filme Eclipse, mas foi responsável por fazer com que essas cenas correspondessem até certo ponto à história em minha mente. Espero que também tenha dado a Xavier [Samuel - Riley], Bryce [Dallas Howard - Victoria] e Jodelle [Ferland - Bree] uma compreensão mais clara da natureza de seus personagens.
Sabemos que Bree morre antes de começarmos a ler a história. Como foi explorar o universo de Crepúsculo de um ângulo mais sombrio?
Primeiro achei que ia ser divertido. Estava mais concentrada no enredo que no personagem - o que é muito raro para mim - e estava ansiosa por passar mais tempo com vampiros realmente vampirescos. Eu tinha imaginado muitas cenas de destruição que queria colocar no papel. Mas quando comecei a ver as cenas pelos olhos de Bree, a personagem começou a se tornar mais importante do que a divertida destruição. Quanto mais eu me apaixonava por Bree e seus amigos, mais penoso se tornava ir adiante. Acabou sendo sombrio de uma forma completamente diferente do que eu esperava.
Como foi escrever do ponto de vista de outro personagem da saga? Isso a fez enxergar de outra forma algum aspecto de Eclipse ou dos outros romances?
Essa foi a terceira vez que escrevi do ponto de vista de um personagem de Crepúsculo além de Bella - também escrevi dos pontos de vista de Edward e de Jacob. Nas três vezes me pareceu bastante natural; quando escrevo da perspectiva de Bella, sempre sei o que os outros personagens envolvidos estão pensando, apenas não posso compartilhar. Então acho divertido colocar essas vozes para fora. Uma das coisas que me dá mais prazer ao escrever de outra perspectiva é ver personagens que já conheço com novos olhos. As pontas realmente se uniram quando cheguei à cena da clareira com Bree. Adorei poder descrever Bella e os Cullen como ela os percebia.
Em Amanhecer, Bella sente na pele o que é ser um recém-criado, e agora os leitores poderão ver o mesmo em Bree. Você estava pensando na experiência de Bella ao escrever a de Bree, e vice-versa?
Completamente - estava sempre comparando as duas em minha cabeça enquanto escrevia, porque elas têm experiências muito diferentes como recém-criadas. Bella começa sua vida como vampira depois de muita preparação, expectativa e firme determinação. Bree não faz ideia do que está acontecendo a ela; ela fica às cegas. Mas ambas se saem excepcionalmente bem considerando as circunstâncias. Imagino que o comportamento de Bella fosse muito semelhante ao de Bree se ela tivesse sido transformada de maneira parecida.
Ao longo da saga, somos apresentados a uma rica hierarquia de vampiros. Bree é a única personagem fora do núcleo de Crepúsculo para a qual você criou uma história tão vigorosa? Há outro personagem que gostaria de explorar de maneira igualmente intrincada?
Se tivesse todo o tempo do mundo e nenhuma distração, poderia escrever contos para todos os meus personagens; alguns se tornariam novelas; outros, romances, e outros, séries. Algumas das histórias são bastante vigorosas - os primeiros dias de Aro, por exemplo, Marcus e Dídime , Jane e Alec, Charlotte e Peter, Alistair, os Denali -, e em outras não pensei muito. Mas maioria dessas narrativas não me parece tão necessária quanto a de Bree, porque a dela afeta diretamente a trama central. Não sei se vou escrever uma história como essa novamente. Mas foi muito divertido.
Foi mais fácil ou mais difícil escrever sobre o universo Crepúsculo depois de vê-lo ganhar vida em um filme?
Todo o núcleo da saga Crepúsculo foi escrito antes de o primeiro filme estrear, então não posso dizer com certeza. Os filmes são um complemento interessante e divertido para os livros, mas nunca afetaram a representação da história em minha mente.
Por que escolheu a Cruz Vermelha americana como instituição de caridade beneficiária das doações provenientes das vendas de A breve segunda vida de Bree Tanner? (Nos Estados Unidos, parte das vendas da primeira edição do livro será destinada à Cruz Vermelha.)
Fiquei muito comovida com a efusão de apoio depois do desastre no Haiti. Muitas comunidades de fãs de Crepúsculo uniram esforços para arrecadar fundos, e fiquei muito impressionada com essas iniciativas. Queria dar continuidade a esse movimento. Acho importante que não esqueçamos rapidamente o Haiti e o Chile, agora que não estão mais no foco da mídia. É preciso muito tempo para se recuperar de uma devastação como aquela, e eles ainda precisam da nossa ajuda.
Em que ordem você recomenda que se leia a série Crepúsculo depois da publicação de A breve segunda vida de Bree Tanner? Deve-se ler a novela logo após Eclipse ou terminar Amanhecer antes de abrir as páginas de A breve segunda vida de Bree Tanner?
Se eu fosse ler a saga pela primeira vez, provavelmente leria a história de Bella até o final antes de me aventurar em outras perspectivas.
Fonte: Intrinseca
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